1º dh fest reúne filmes, shows e debates sobre os Direitos Humanos
24/02/2021
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A luta das mulheres, a resistência quilombola e indígena e as desigualdades sociais estão entre os diversos temas ligados aos Direitos Humanos abordados na primeira edição do dh fest– Festival de Cultura em Direitos Humanos, que acontece de 7 a 14 de março de 2021.
Com 36 filmes, quatro performances musicais e um ciclo de debates, o festival – totalmente online e gratuito – alia arte e reflexão, buscando contribuir para a construção de uma sociedade justa, solidária e democrática. Para acompanhar, basta acessar o site www.dhfest.com.br.
Chico César, Tássia Reis, o coletivo Baile em Chernobyl e o rapper Kunumi MC compõem a programação musical. No ciclo de debates, participam personalidades como o fotógrafo Sebastião Salgado, a romancista Conceição Evaristo, o escritor indígena Ailton Krenak, a cineasta Tata Amaral e o documentarista chileno Patrício Guzmán.
Estarão em cartaz 11 longas e 26 curta-metragens recentes, com destaque para a estreia de “Kunhangue Arandu – A Sabedoria das Mulheres”, de Alberto Alvares e Cristina Flória. Realização do SescTV, o filme mostra o universo das mulheres Guarani na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. Também fazem parte da grade títulos inéditos comercialmente no Brasil, como “A Cordilheira dos Sonhos”, de Patrício Guzmán, vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Cannes, e “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza, melhor filme na mostra Generation 14Plus do Festival de Berlim. Saiba mais sobre a programação de filmes na Plataforma Sesc Digital aqui.
A atriz, pesquisadora, produtora cultural e poeta Roberta Estrela D’Alva é a mestre de cerimônias. Nas apresentações musicais, ela contextualiza as carreiras dos artistas com suas lutas sociais, evidenciando os discursos que inspiram transformações sociais e simbólicas na sociedade.
O dh fest é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, da Pardieiro Cultural, do Instituto Vladimir Herzog e do Sesc São Paulo.
A partir das 19h: disponibilização dos filmes “A Cordilheira dos Sonhos”, “A Morte Branca do Feiticeiro Negro”, “Alice Júnior”, “Bonde”, “Egum”, “Entre Imagens (Intervalos)”, “Finado Taquari”, “Gilson”, “Inabitáveis”, “Negrum3”, “Marimbás”, “Nós”, “O Verbo Se Fez Carne “, “O Que Pode um Corpo?”, “Para Onde Voam as Feiticeiras”, “Paradoxos”, “Perifericu”, “Ruivaldo, O Homem Que Salvou a Terra”, “Selvagem’, “Tranças”, “Tuã Ingugu (Olhos D’Água)” e “Vlado – 30 Anos Depois”.
8/03, segunda-feira, programação especial Dia Internacional da Mulher
A partir das 15h: disponibilização dos filmes “À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente”, “A Felicidade Delas“, “Acende a Luz “, “Além de Tudo, Ela”, “Carne”, “Cor de Pele”, “Entre Nós e o Mundo”, “Filhas de Lavadeiras”, “Kunhangue Arandu – A Sabedoria das Mulheres”, “Lora”, “Mãtãnãg, a Encantada”, “Meu Nome é Bagdá”, “Minha História é Outra” e “Torre das Donzelas”.
17h: mesa “Mulheres e resistência: narrativas para romper silêncios”, com Conceição Evaristo, Maria Clara Araújo e Semayat Oliveira (mediação). Narrar e criar trajetórias de resistência, para si e como inspiração, são maneiras potentes para romper os muitos silenciamentos vividos pelas mulheres. Silenciamentos esses que se originam no patriarcado, mas também no colonialismo, no etarismo, na pobreza, entre outros recortes das desigualdades. As muitas identidades, resistências e formas de se sentir mulher compõem movimentos pela ampliação e ocupação de espaços públicos, culturais, institucionais e políticos.
19h: performance musical de Tássia Reis.
20h: “Heroínas desta História” – projeções em empenas de prédios pelo coletivo Projetemos
9/03, terça-feira
17h: mesa “Aldeias, quilombos e periferias: o poder das palavras na luta por direitos”, com Catarina Guarani, Nêgo Bispo e Bianca Santana (mediação). Ouvir aqueles que resistem há décadas contra a perseguição de seus territórios, línguas e identidades é imprescindível para ampliar os sentidos das lutas por direitos do tempo presente. A professora indígena Catarina Guarani, do litoral de São Paulo, e o pensador quilombola Nêgo Bispo, do interior do Piauí, se unem em uma conversa sobre o uso das palavras como instrumento de luta para manter viva a cultura de seus ancestrais.
20h: “Vladimir Herzog: memória e justiça” – projeção em empenas de prédios de imagens do filme “Marimbás” pelo coletivo Projetemos (seguida de conversa, com acesso pelo www.dhfest.com.br).
10/03, quarta-feira
17h: mesa “Vladimir Herzog e o documentário social: memória e justiça”, com João Batista de Andrade, Tata Amaral e Paula Sacchetta (mediação). O jornalista Vladimir Herzog tornou-se símbolo dos horrores cometidos pela violência da ditadura militar no Brasil. No entanto, pouco se conhece o papel que Herzog teve no cenário cinematográfico brasileiro nas décadas de 1960 e 1970, defendendo, sobretudo, uma prática audiovisual que tomasse posição diante das desigualdades do país. João Batista de Andrade e Tata Amaral, renomados nomes do cinema nacional e cujas trajetórias são pautadas pelo respeito aos Direitos Humanos, prestam homenagem à memória do jornalista e ao seu legado para o documentário social.
11/03, quinta-feira
17h: entrevista “Meu norte é o sul: retratos latino-americanos no cinema”, com Patrício Guzmán e Luiz Carlos Merten. A carreira do cineasta chileno Patricio Guzmán se desdobra ao longo das últimas cinco décadas sobre o trauma coletivo produzido pela ditadura militar de Pinochet em seu país, e sobre memórias e vestígios de prisioneiros e desaparecidos políticos. Seu filme mais recente, “A Cordilheira dos Sonhos”, e o empenho em trabalhar o passado do Chile e por consequência da América Latina, são temas da conversa entre Guzmán e o jornalista e crítico de cinema Luiz Carlos Merten, que se propõe a pensar como o cinema e a cultura podem produzir uma poesia marcada por discussões do Sul global sobre os Direitos Humanos.
12/03, sexta-feira
19h: Festa com o coletivo Baile em Chernobyl. O coletivo formado e pensado para e por pessoas queer e racializadas tem como intuito a confraternização em um espaço seguro para corpos marginalizados, LGBTQIA+ e pretos.
13/03, sábado
15h: disponibilização do filme “Atravessa a Vida”, de João Jardim.
17h: mesa “Somos a terra: os direitos da natureza e o futuro da humanidade”, com Ailton Krenak, Sebastião Salgado, e Ana Toni (mediação). É preciso pensar o futuro do planeta e da humanidade como questões profundamente conectadas. Garantir a justiça climática é proteger a dignidade humana, especialmente para as populações mais vulnerabilizadas. Em diálogo inédito, o escritor Ailton Krenak e o fotógrafo Sebastião Salgado, os dois nascidos em Minas Gerais e vizinhos no Vale do Rio Doce, região conhecida pela intensa atividade agropecuária e extrativista, refletem os desafios e a urgência de pensarmos os direitos da natureza como direitos humanos.
14/03, domingo
19h: performance musical do rapper indígena Kunumi MC.
Serviço 1º dh fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos De 7 a 14 de março de 2021 online e gratuito www.dhfest.com.br
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