A igualdade racial existe?

21/09/2018

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Performance sobre igualdade racial com o Coletivo Legítima Defesa | Foto: Karla Priscila

“Você sabe qual é a luta do negro brasileiro?
Você sabe qual é UMA das lutas do negro brasileiro?
É ser chamado pelo próprio nome!”
 

‘Muitas pessoas ainda acham que o período de escravidão acabou, mas ano passado flagaram o leilão de jovens negros africanos que são sequestrados, surrados e vendidos na Líbia.’

‘Há muitos lugares em que a presença negra é desumanizada. E não é preciso estar tão longe para ver que o preconceito ainda acontece todos os dias! Nossa história pode ser facilmente contada, apenas pela cor da nossa pele.’

‘O genocídio acontece a mais de um século, você se importa? Isso é liberdade? Onde estão os negros?’

‘Uma pessoa negra cresce aprendendo que para conseguir “ser alguém na vida” ela precisa ser duas vezes melhor, ela precisa correr mais do que os outros, seus sentimentos não são feitos para prevalecer, suas crianças não são ensinadas a sonhar, só poderão sonhar se permanecerem vivas, só poderão comer se forem alimentadas, e quem vai alimentá-las? A luta é sempre para permanecerem vivos.’

Com essas falas e indagações raciais o coletivo Legítima Defesa discutiu a negritude nos seus mais amplos seguimentos contemporâneos, como questões de gênero e sexualidade, mulheres negras, gordofobia, discriminação etária, entre outros.

A performance, acompanhada do bate-papo, aconteceu na segunda edição do Festival da Integração 2018, no Sesc Bertioga, com a proposta de construir um diálogo polifônico acerca da reflexão e representação da negritude.

Eva Aparecida Couto, que veio para participar do Festival com a turma do Sesc Araraquara, falou sobre a importância da atividade e como se sentiu representada. Confira:
 

O diretor e membro do Coletivo Legítima Defesa, Eugênio Lima, fala sobre a necessidade de se falar do racismo em todos os campos.

“O negro é o único que precisa de leis para ser considerado negro.” – Eugênio Lima.

Veja uma parte da performance:

“…Você pode atirar-me as suas palavras,
Você pode cortar-me com os seus olhos,
Você pode matar-me com o seu ódio,
Mas mesmo assim, como o ar, eu me reerguerei…
Trazendo os presentes que os meus ancestrais deram,
Eu sou o sonho e a esperança do escravo.
Eu reergo-me…” 

– Maya Angelou

Leia mais sobre o Festival da Integração aqui.

O Festival da Integração é uma ação que faz parte do Programa Trabalho Social com Idosos do Sesc São Paulo. Voltado ao cidadão com mais de 60 anos, oferece atividades artísticas, físicas e sociais, com o intuito de refletir sobre o envelhecimento, desenvolver novas habilidades e estimular a integração com as demais gerações.
 

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