Foto: André Matos
#PraCegoVer #PraTodosVerem Imagem colorida e retangular na qual destaca-se a entrada de uma colmeia de abelhas e um grupo de abelhas a seu redor. O fundo é desfocado.
*Por Livia Essi Alfonsi
Ahh o cheiro das flores!!! Adoro!!! Não só eu! As abelhas também adoram!
As abelhas são animais do grupo dos insetos e, assim como outros bichos, têm grande participação na polinização de certas plantas. A polinização é o processo responsável por levar o pólen (gameta masculino) até ao óvulo (gameta feminino), o que possibilita a fecundação e posteriormente a formação do fruto (Também adoro frutos!). Isso ocorre por meio do vento ou da chuva, mas, sobretudo, através das abelhas! Elas são responsáveis pela polinização de mais de 60% dos vegetais e frutas consumidos por nós ao lado dos besouros, borboletas, moscas, aves e mamíferos!
Quase sempre, quando falamos em abelha, a imagem que nos vem a mente é a de uma abelha da espécie Apis melífera. Essa geralmente é a abelha que mais encontramos e que as vezes causa medo devido a sua picada que pode ser dolorida e causar riscos à saúde humana.
#PraCegoVer #PraTodosVerem Imagem colorida e retangular na qual destaca-se uma abelha com o rosto repleto de pólen sobre uma flor amarela. Ao fundo, desfocado, pólen voando.
Porém, cada vez mais têm sido estudadas as abelhas nativas sociais que são as abelhas brasileiras que tem o ferrão atrofiado, ou seja, não conseguem ferroar! Além disso, elas formam ninhos com várias abelhas da espécie. Existem também as abelhas nativas que são solitárias (não sociais), em sua maioria, são as que não formam ninhos com várias abelhas juntas e, essas sim são abelhas brasileiras que tem ferrão.
De toda forma, é importante lembrar que as abelhas nativas com ferrão não são consideradas de importância em saúde, ou seja, elas não trazem riscos à saúde humana mesmo quando ferroam. A única abelha considerada de atenção em saúde pública que pode trazer riscos à saúde humana no Brasil é a Apis melífera que não é nativa.
#PraCegoVer #PraTodosVerem vídeo retangular, colorido, da série "Eu Vivo Aqui", no qual a bióloga Camila Pozzi apresenta a abelha jataí. As cenas acontecem na floresta e também em uma área de azulejos brancos.
Uma coisa importante de salientar é que ao longo da evolução e da seleção natural foram sendo selecionadas aquelas abelhas nativas sociais que apesar de terem o ferrão atrofiado conseguem defender seu ninho e manter a reprodução. Dentro desse tópico sobre conseguir sobreviver em seu ambiente sem poder ferroar, existem várias estratégias de comportamento que foram selecionados que são muito interessantes de conhecermos, vamos lá?
A primeira estratégia é a construção de seus ninhos dentro de ocos de troncos. Dessa forma, o ninho não fica extremamente exposto a predadores e/ou condições desfavoráveis do clima.
A segunda estratégia é que as abelhas nativas sem ferrão podem se unir para lutar contra uma vespa que queira roubar recursos desde a entrada do ninho. Elas podem morder as asas da vespa até que ela não consiga mais atacar o ninho. E olha que interessante, aqui o ferrão nem tem um papel tão central assim! Afinal, a vespa tem ferrão, mas muitas vezes perde essa briga!
#PraCegoVer #PraTodosVerem imagem retangular e colorida que apresenta o ninho de abelhas. Ao centro, um grande favo de mel. Ao seu redor, uma estrutura que parecem folhas secas. Algumas abelhas voam e outras pousam no favo.
Por fim, outra estratégia interessante é a de propolizar o invasor. Nessa estratégia, as abelhas se unem para ir depositando bolinhas de própolis no corpo do invasor (na vespa, por exemplo). Depois de um tempo, o corpo do invasor estará todo colante e ficando cada vez mais grudado a ponto de não conseguir continuar atacando o ninho.
Assim, as abelhas nativas sem ferrão apenas não conseguem ferroar, porém, a seleção natural e a evolução selecionaram as espécies que conseguiam proteger seus ninhos, se reproduzir e crescer de outras formas.
As abelhas nativas sem ferrão e as abelhas nativas solitárias (com ferrão) fazem um grande trabalho para a manutenção de nossa biodiversidade. É importante que elas saibam se defender, e tão importante quanto é que os seres humanos consigam criar espaços cada vez mais sustentáveis para que elas possam voar e polinizar por aí. Assim, ações de plantio e reflorestamento de áreas com espécies nativas é de grande importância para a manutenção dessas abelhas e, por consequência, de nossa biodiversidade!
#PraCegoVer #PraTodosVerem imagem retangular e colorida que apresenta quatro potes de vidro com mel, dois cheios, um quase repleto e outro quase vazio. Eles estão enfileirados sobre uma madeira. Ao fundo, uma vegetação desfocada.
Além do mel, digo, do mais, matar ninhos de abelhas nativas é crime ambiental. Caso encontre algum ninho que esteja em local que incorra risco para o ninho das abelhas, procure um meliponicultor (pessoa que cultiva abelhas nativas sem ferrão) da sua região que seja capacitado para o resgate do ninho.
Vamos proteger as florestas e as abelhas! Essa afirmação se dá a partir das muitas ações educativas do Sesc, incluindo bate-papos com os hóspedes do Centro de Férias, oficinas com os visitantes da Reserva Natural Sesc Bertioga, sempre envolvendo esses seres tão importantes para a manutenção da vida.
#PraCegoVer #PraTodosVerem imagem retangular e colorida que apresenta um grupo de pessoas de diferentes idades formam um meio círculo em torno de Amanda, mulher negra de cabelos curtos presos, trajada com roupas escuras que está em pé, em frente a um quadro projetor. Ao fundo, paredes azuis e porta e duas janelas brancas abertas.
Neste momento, inclusive, o Sesc Bertioga, por meio da atuação da Reserva Natural Sesc Bertioga e seus projetos dos programas de Educação para Sustentabilidade e Valorização Social, amplia o diálogo com as comunidades do entorno das áreas de conservação da cidade, bem como das instituições gestoras, como PERB (Parque Estadual Restinga Bertioga) e PESM-NB (Parque Estadual Serra do Mar – Núcleo Bertioga).
Durante três meses, realizaremos junto ao núcleo populacional da Chácaras do Balneário Mogiano, uma pequena comunidade com 65 casas, localizada no bairro de Boracéia que fica na área do Parque Estadual Restinga de Bertioga, o Curso de Meliponicultura em Áreas de Preservação Ambiental.
#PraCegoVer #PraTodosVerem imagem retangular e colorida que apresenta um grupo de pessoas de diferentes idades formam um meio círculo em torno de um homem negro, trajado com calça preta e camisa rosa. Ele está em pé, em frente a uma casa branca de porta e janelas abertas. Ao lado direito, outro grupo de pessoas sentadas em um banco de madeira.
A ideia é estimular ainda mais o potencial dessa galera engajada, que se interessa por iniciativas sustentáveis muito possíveis de serem aplicadas no bairro onde moram. Está acontecendo. Está todo mundo lá, agora… Jerlan, Isa, Lilo, Renato, o menino Bom dia, Carlinhos, a galera da Associação Chácara Mogiana, Borracha e Jerônimo já vão chegar. Ah! E, claro, já tem abelhas por lá também! 🙂
* Lívia Essi Alfonsi é licenciada e bacharela em ciências biológicas pela Universidade Federal do ABC, mestre em Ensino de Ciências pela Universidade de São Paulo e Agente de Educação Ambiental no Sesc Bertioga.
Caso você se interesse pelo tema, aqui ficam alguns links das referências usadas que pode auxiliar a sua pesquisa:
https://www2.ufrb.edu.br/insecta/publicacoes/2-conteudo/36-meliponicultura
https://abelha.org.br/producao-de-mamangava-reforca-o-cultivo-de-maracuja/
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