De 24 a 28/8, a artista Carolina Velasquez realiza uma série de performances, instalações e um curso com base no ritual La K’oa, presente na cultura andina.
La K’oa é um nome de origem aymara que designa um dos mais praticados rituais à deusa Pachamama nas regiões andinas entre Bolívia e Peru. Este ritual tem como objetivo agradecer à natureza pelas colheitas, nossos bens e nossa existência. Se refere à ação da reciprocidade relacionado ao agradecimento como parte do ciclo da colheita, da semeadura, do tempo e da harmonia entre as partes envolvidas, relacionando a natureza da mãe terra com a natureza humana.
Pachamama é a grande mãe, a mulher montanha, a mãe terra, a própria mãe natureza. Pela visão andina (daqueles que vem da Cordilheira do Andes, conjuntos de montanhas que atravessa a nossa América Latina), somos seus filhos e conversamos com ela através dos modos de viver que levamos em seu solo, por meio das colheitas não somente de alimentos, mas também de pensamentos e ações. Há a época do plantio da semente, da espera, a colheita. Aprendemos a viver sob esse tempo pois são ciclos que envolvem nossa própria existência. Em agosto, é época de agradecer pela nossa existência, pelas graças e desgraças, é época de dançarmos cobertos de cores, dançar com os ventos, as plantas, as pedras, os animais, dançar com nossos ancestrais, dançar para Pachamama.
24 a 26/8 – Quarta, quinta e sexta, 19h
Tecnologias e Artes (4º andar)
Por meio da proposição um tempo-espaço ao grupo de artistas, o curso visa promover a reconexão com suas histórias de vida e resgate de aspectos de suas ancestralidades por meio do ato de reconstruir seus corpos e sua face. Também serão abordadas técnicas de costura e os caminhos da matéria para o resgate das manualidades das mulheres e da arte.
Seleção por carta de intenção para o e-mail cursos.avenidapaulista@sescsp.org.br com o assunto “Costura Ancestral”. Inscrições prorrogadas até dia 19/8.
26/8 – Sexta, 15h
Arte I (5º andar)
Provocando reflexões sobre a arte indígena contemporânea, o bate-papo é direcionado a artistas da América Latina e interessados no tema, que queiram discutir este contexto em relação a episteme da arte, a inclusão e resgate de povos ancestrais.
Com:
Carolina Velasquez
Renata Alves Ribeiro
Jobana Moya Rodrigues
Isabela Martins Hanser
Coletivo Cholitas da Babilonia
Grupo Autóctone WALY WAYRAS
Casa Arauá
27 e 28/8 – Sábado e domingo, às 11h, 14h e 17h
Arte I (5º andar)
Série de performances que dialogam com rituais xamânicos andinos, com a presença de músicos ogãs, o músico xamã andino Juan Cusicanqui e o coletivo Parteiras Bruxonas.
Carolina Velasquez é artista, mediadora e performer. Nascida em Piracicaba – SP (1978), filha de bolivianos, descendente dos povos indígenas Quechua e Aymara; têm o resgate de aspectos da ancestralidade por meio da criação de imagens da memória e performances em paisagens ancestrais como tema central de sua pesquisa e produção. Trabalha nas linguagens da escultura têxtil, vídeo e fotografia. Bacharel em Artes (UNESP) – 2003, Pós graduada em Práticas Artísticas Contemporâneas (FAAP) – 2019, Mestre em Processos e procedimentos artísticos com a pesquisa A costura dos arquétipos: Performances Fabulosas (UNESP) 2021. Integra alguns grupos como o coletivo de imigrantes e filhos de imigrantes indígenas: Cholitas da Babilônia, o grupo da Casa Arauá, casa xamânica e feminista mantem uma rede de apoio para mulheres, atualmente beneficiadas pelo edital Mulheres em Movimento do Fundo de investimento social Elas. E sócia fundadora da empresa KA, gestão em arte, cultura e educação.
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