A dimensão cultural da alimentação é um dos seis principais eixos do Experimenta! – Comida, saúde e cultura, projeto que discute o universo da alimentação em todas as unidades do Sesc, durante o mês de outubro. Saiba mais sobre o tema:
“Inútil pensar que o alimento contenha apenas os elementos indispensáveis à nutrição. Contém substâncias imponderáveis e decisivas para o espírito, alegria, disposição criadora, bom humor”, escreveu Câmara Cascudo em A História da Alimentação no Brasil. A centralidade do alimento e suas “substâncias imponderáveis”, estão intimamente ligadas à cultura, história e tradição de cada um.
Formada por diferentes saberes, a cultura alimentar de um povo é um traço importante de pertencimento (não à toa, é um elo na vida do imigrante, algo que o liga à terra natal), capaz de transmitir valores e significados variados: econômico, social, religioso, étnico e tantos outros.
Tradições culinárias são patrimônios culturais valorosos; aportam saberes atemporais e memórias afetivas que são passadas de geração em geração. A própria definição do gosto é influenciada pela sociedade em que vivemos. Uma comida não é boa ou ruim por si só; nossos hábitos e vivências nos ajudam a reconhecê-la como agradável, ou não, ao paladar.
Para aprofundar:
No livro Comida como Cultura, o historiador italiano Massimo Montanari (Ed. Senac) fala do papel da alimentação na evolução humana:
“Assim como a língua falada, o sistema alimentar contém e transporta a cultura de quem a pratica, é depositário das tradições e da identidade de um grupo”.
Você sabia?
A mandioca é um dos alimentos mais representativos da culinária brasileira; um presente divino, segundo a lenda tupi. Dela se aproveita da folha à raiz, com a qual se faz farinha, polvilho, goma, tucupi…
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