As diversas conexões que envolvem a nossa alimentação – do âmbito individual ao destino do planeta – são um dos seis eixos do Experimenta! – Comida, saúde e cultura, projeto que discute o universo da alimentação em todas as unidades do Sesc, durante o mês de outubro. Saiba mais sobre o tema:
Comer envolve cultura, economia, biologia, psicologia, meio ambiente, geografia, política, religião. Considerar todas essas dimensões é importante para construirmos uma consciência crítica sobre nossas práticas alimentares. Afinal, para além do âmbito individual, nossas escolhas trazem consequências para a sociedade e para o planeta: ajudam a definir o que se planta e onde, podem gerar desperdício e inúmeras contradições.
Por exemplo, cerca de 1/3 de toda a produção mundial de comida, o equivalente a 1 bilhão de toneladas, é perdida ou acaba no lixo. No Brasil, mais de 40% da perda de alimentos produzidos acontece pós-colheita, durante o processamento, transporte e distribuição. Alimentos perfeitamente próprios para comer sofrem com a ‘ditadura da beleza’. Quilos e mais quilos são desprezados por terem tamanho fora do padrão ou pequenas assimetrias. Ao mesmo tempo, a fome atinge quase 800 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a FAO, enquanto a obesidade cresce a cada ano.
Para aprofundar:
O Programa Mesa Brasil é uma rede nacional de combate à fome, ao desperdício e à má distribuição de alimentos. Baseado na parceria entre a sociedade civil, o empresariado e as instituições sociais, o programa foi criado em 1994 no Sesc em São Paulo e hoje está presente em todos os estados do país. Nas 16 unidades paulistas em que atua, busca alimento onde sobra e entrega diariamente onde falta: são mais de 400 toneladas de alimentos por mês que, em vez de serem descartados, chegam à mesa de quem mais precisa.
Você sabia?
No mundo, todos os anos vão para o lixo:
45% da produção de frutas, verduras e legumes
30% dos cereais
35% de pescados e frutos do mar
20% de leite e derivados
20% de carne
Fonte: FAO
“Com a mudança nos hábitos alimentares, muda também a forma de desperdício. Se antes se desperdiçava produtos in natura, hoje isso acontece com os industrializados, que já sofreram perda no próprio processo de transformação” – Walter Belik, professor de economia agrícola da Unicamp do Instituto de economia da Unicamp
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