Crédito da imagem: Journolink2019 on Visualhunt.com / CC BY
“Não estamos lutando só contra uma epidemia. Combatemos também uma infodemia”, afirmou Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), há algumas semanas, em conferência na Alemanha. A ‘infodemia’ seria uma espécie de epidemia de informações, entre as quais uma porção de informações falsas, um efeito colateral da pandemia causada pelo novo coronavírus que vai na contra-mão dos esforços de combate à doença e seus impactos na sociedade.
Em momentos de incerteza, é preciso ter ainda mais atenção com a qualidade da informação que chega até cada um de nós e que, eventualmente, passamos adiante. Compreender o que são e como funciona a dinâmica das notícias falsas e dos boatos que circulam especialmente na internet são habilidades essenciais ao exercício da cidadania e são noções fundamentais tanto para a segurança individual, quanto do coletivo.
Em 2018, antes mesmo da pandemia do Covid-19, a pesquisadora em direito e tecnologia no InternetLab Natália Neris conversou com o portal do Sesc São Paulo e fez um alerta sobre o papel de cada indivíduo nos fluxos de informações. “É importante que cada um de nós se veja como um ator muito responsável nesse processo. Existe uma fala muito comum entre nós: ‘ah, mas eu só compartilhei’. Na verdade, o ‘compartilhar’ não é ‘só’, o ‘compartilhar’ é muita coisa. Ele alimenta esse ambiente de circulação de notícias“.
Nesse sentido, é preciso ter atenção aos indícios de credibilidade (ou não) associados às informações que nos chegam pelas redes sociais ou mesmo no boca a boca.
“Na verdade, quando você olha uma notícia, você tem que ter um olhar quase de raio-X, no sentido de olhar título, layout, quem assina essa matéria – geralmente, [notícias em] portais e sites que não são confiáveis não têm autoria, não têm nenhuma forma de você entrar em contato, não têm e-mail, não têm nenhum tipo de verificação“, explicou Natália Neris em entrevista ao portal do Sesc São Paulo.
Ao tomar contato com um conteúdo em vídeo, áudio, foto ou texto, analise-o bem. Verifique a credibilidade das informações. Se algo lhe parecer duvidoso, não compartilhe.
>> Evitar a enxurrada de informações e notícias e se informar por fontes confiáveis é uma das orientações da OMS – Organização Mundial da Saúde para manter a saúde mental em meio à pandemia. Veja aqui os demais cuidados.
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