Os Direitos Humanos são garantidos e expressos em tratados, normas e documentos internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que tem como foco a dignidade humana. Certamente, muitos desafios que vivemos hoje não foram previstos, mas os 30 artigos da declaração continuam a oferecer uma sólida base para vigilância do exercício da liberdade e justiça no mundo.
Solidariedade, cooperação e acolhimento devem nortear as ações na atualidade, quando saúde e vida – dois dos direitos humanos básicos – encontram-se mais uma vez ameaçados.
O terrível impacto causado no cotidiano pela pandemia do COVID-19 faz com que toda atenção concentre-se nos cuidados à vida. O novo elemento que surge nesta atmosfera, no entanto, é a certeza que a interconexão, o mutualismo e a cooperação tornaram-se fundamentais para continuidade da vida humana no planeta.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos continua a instigar novas discussões que levam ao fortalecimento da proteção e reasseguram o direito à vida e à saúde, frequentemente resultado do empenho de defensoras e defensores dos direitos humanos.
Na companhia de alguns deles como Padre Júlio Lancellotti, Marcelino Freire, Olga Quiroga e Christi Kamanda, que apontam para os riscos que todos corremos quando escolhas religiosas e/ou politicas não são respeitadas; Suelaine Carneiro, Paula Beatriz e Danilo Miranda que reafirmam as características revolucionárias da luta pelos direitos humanos e pela livre expressão; e Cristine Takuá, Mc Sofia, Beto Pereira e Marcio Black, que falam sobre o respeito às formas de existir.
Por meio da leitura e comentários de artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Sesc São Paulo apresenta e convida o público a conhecer e refletir sobre estas questões.
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“A maior ofensa aos Direitos Humanos são as desigualdades, os privilégios que fazem com que muitas pessoas não tenham o direito humano fundamental, que é viver” Padre Julio Lancellotti.
“Respeitar a vida do outro significa tudo. Você respeita a opinião, você respeita a religião, você respeita o que a pessoa é em toda a sua diversidade”. Kamanda Christi
“Pessoas negras, mulheres, periféricos, pessoas trans, gays, lésbicas (…) a humanidade dessas pessoas é esvaziada”. Márcio Black
“Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante” Artigo 05 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, por Olga Quiroga.
“O importante é que o povo tem que me respeitar como um ser humano (…) as pessoas têm que se colocarem nos lugares das outras”. Mc Soffia
“Falar sobre Direitos Humanos, ter acesso aos Direitos Humanos, praticar os Direitos Humanos no dia a dia (…) deve ser um exercício constante de cidadania”. Beto Pereira
“Liberdade de expressão para mim, me dá exatamente a garantia de eu ser livre de me expressar (…) como eu sou e como também estou vivendo neste mundo”. Paula Beatriz
“Em Guarani a gente fala Teko Porã, que é a boa e bela forma de você ser e existir num território”. Cristine Takua
“Tem muita gente que fala Ah! Os direitos humanos só servem para defender o bandido. Esta pessoa esta falando um senso comum do opressor, que não quer que ela reconheça o direito do outro”. Marcelino Freire
“Quando cala um ativista de Direitos Humanos você está buscando regredir (…) dessa vida plural que aceita e permite todas as formas de amor, todas as formas de existir”. Suelaine Carneiro
“Desvalorizar a Declaração significa desvalorizar o próprio ser humano”. Danilo Santos de Miranda
Conteúdo originalmente publicado em 15/5/2020.
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