Ter uma boa relação com a comida – desde o conhecimento sobre a forma como ela é produzida até sobre como é consumida –, deve ser, então, uma das prioridades de qualquer pessoa. E essa relação começa com a amamentação. O leite materno, mais do que só o primeiro alimento (como se isso já não fosse tanto), é a base dessa história que começa a ser traçada quando um indivíduo nasce e que tem toda sua trajetória desenhada quando se começa a conhecer outros alimentos.
No leite materno há anticorpos e outras substâncias que protegem de infecções na infância e traz benefícios para a vida toda. É importante para a saúde da mulher, favorecendo o reequilíbrio de seu corpo e protegendo contra o câncer de mama.
Até os seis primeiros meses de vida, o leite materno é nutricionalmente completo e deve ser o único alimento oferecido ao bebê. Mas a orientação é que a amamentação deve seguir até pelo menos os dois anos de idade. Nessa fase, ocorre a introdução alimentar complementar, que deve ser composta por preparações culinárias com base em alimentos in natura e minimamente processados e respeite as fases de desenvolvimento da criança, sem oferecer açúcar e alimentos ultraprocessados. Esse período da vida é importante para a formação do paladar e dos hábitos alimentares de uma pessoa.
Esses primeiros anos do bebê, acompanhados do período de gestação, são conhecidos por primeiros mil dias e compõem uma janela de oportunidades e de saltos de desenvolvimento única. É dessa fase que trata o projeto Do Peito Ao Prato. Em sua segunda edição, ele ocorre durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1 a 7 de agosto de 2020, no portal e nas redes sociais do Sesc São Paulo.
Para iniciar essa conversa, você pode conferir o vídeo com Daniela Neri, que é pesquisadora de pós-doutorado no Nupens/USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde Pública, Universidade de São Paulo). Ela estuda o consumo de alimentos, particularmente de ultraprocessados, e seus efeitos na qualidade da dieta e desfechos de saúde em crianças.
O leite materno deve ser o único alimento oferecido para crianças até os seis meses de idade e deve continuar fazendo parte de sua alimentação pelo menos até os dois anos. Entretanto existem vários desafios a serem superados para que a família tenha sucesso no aleitamento materno. Veja algumas orientações essenciais para o início da amamentação.
Nos dois primeiros anos de vida, as transformações vividas são velozes, únicas e excepcionais. A alimentação é parte fundamental deste processo, pois ela influencia as funções do nosso corpo para o resto da vida. A amamentação e a introdução alimentar complementar colocam as famílias diante de grandes desafios e dilemas. No meio a tantas informações, tarefas e expectativas, como iniciar e manter a amamentação? Quando, como e que tipos de outros alimentos oferecer ao bebê?
O bate-papo conta com a participação de Regicely Aline Brandão, nutricionista, bacharel em Gestão de Políticas Públicas e Mestre em Nutrição e Saúde Pública. Membro da Rede IBFAN Brasil, Facilitadora Nacional da Estratégia Amamenta Alimenta Brasil, Consultora em Nutrição na Atenção Básica para municípios e de Rachel Francischi, nutricionista formada pela USP, mestre em Bioquímica pela UNICAMP, que entre 2007 e 2012 integrou o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (ONU) para América Latina e o Caribe e hoje atua em espaços de atendimento humanizado em saúde materno-infantil.
Mediação e apresentação de Mariana Ruocco, nutricionista da Gerência de Alimentação e Segurança Alimentar do Sesc São Paulo.
A live será transmitida pelo YouTube do Sesc São Paulo no dia 4/8, às 16h.
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