Exposição apresenta a história da poesia visual brasileira

28/05/2019

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Detalhe da exposição no Sesc Bom Retiro
Foto: Cris Komesu

Há 50 anos, o artista e poeta Paulo Bruscky vem reunindo uma infinidade de publicações, postais, obras, livros, objetos, áudios e vídeos de artistas do Brasil inteiro. O resultado dessas décadas de dedicação, pesquisa, garimpos e escambos é um acervo de mais de 70 mil itens, que hoje é referência internacional para pesquisadores em arte contemporânea. A partir dessa vasta coleção, ele apresenta a exposição História da Poesia Visual Brasileira, em cartaz no Sesc Bom Retiro de 30 de maio a 6 de setembro de 2019.

Composta por mais de 200 obras, a mostra traz um recorte panorâmico da produção da poesia de vanguarda brasileira, com trabalhos focados em estéticas radicais e no cruzamento entre as mais diversas linguagens e suportes tecnológicos.
 


Entre raridades e primeiras edições presentes na exposição, estão o poema pré-concreto de Gregório de Matos, do século 17, as composições acrósticas de Frei João do Rosário, nas quais certas letras de cada verso, quando lidas em outra direção, formam outras palavras ou frases, datadas de 1753, e a obra de Sounsândrade, escritor e poeta nascido no Maranhão, e que viveu durante a segunda metade do século 19.

Além de grandes nomes da arte brasileira, como Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Haroldo de Campos e Décio Pignatari, o panorama privilegia obras de artistas de regiões diversas do país, dando espaço a nomes menos conhecidos, mas que tiveram papéis importantes na vanguarda de diferentes movimentos artísticos. Em destaque estão Vicente do Rego Monteiro, artista e poeta pernambucano de grande importância na Poesia Visual e Experimental, e Wlademir Dias-Pino, poeta e artista visual e gráfico de destaque no grupo Poema/processo no Rio de Janeiro, falecido em 2018. Também são homenageados Falves Silva, Neide Sá, Pedro Xisto e Edgard Braga.

Ao lado de Paulo Bruscky, assinam a curadoria Yuri Bruscky e Adolfo Montejo Navas. A expografia é de Raíza Bruscky.

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