Da lâmpada elétrica à internet, e basta um clique, para você caro leitor, acompanhar essa matéria com a gente! São centenas ou milhares de pessoas, do outro lado da tela de seus computadores ou smartphones, buscando conhecimento, numa espantosa evolução da tecnologia. E que veloz a ciência.
Aquele eletrônico que ontem era de última geração, hoje já pode estar obsoleto. Pelo menos é isso que acontece com o aparelho celular quase todo mês. Difícil é acompanhar! Mas o futuro… esse vai muito além de tudo o que já conhecemos, pelo menos é o que defendem os profissionais da área da ciência e tecnologia.
“Estamos próximos da chegada do homem à Marte, da descoberta da primeira forma de vida fora da Terra, das viagens espaciais e da resposta de importantes perguntas científicas.”
Deidimar Alves Brissi – Astrofísico
Deidimar Alves Brissi acredita nessa evolução da ciência. O astrofísico e professor do Instituto Federal de São Paulo, campus Birigui, cita que o desenvolvimento científico continuará acelerado nas próximas décadas, principalmente na automatização, nanotecnologia e inteligência artificial. Imagine só, veículos transitando por aí sem motoristas e robôs auxiliando em tarefas domésticas.
E para isso, precisamos de cientistas. O Professor do IFSP explica que hoje, o campus Birigui oferece 480 vagas para estudantes, distribuídas entre cursos superiores, técnicos, técnicos integrados ao ensino médio e PROEJA, para adultos. Alunos sendo preparados nos mais de trinta laboratórios equipados para grandes descobertas.
“Nestes laboratórios estão sendo desenvolvidas pesquisas e projetos que englobam: Astrofísica; Ensino de Física, Matemática e Astronomia; Formação de professores, técnicos, tecnólogos e engenheiros; Nanotecnologia; Machine Learning; Análise da superfície topográfica na adesão bacteriana em biomateriais por microscopia de força atômica; Tecnologia Educacional e gamificação para o ensino de nanotecnologia; Realidade Virtual voltada ao ensino de nanociência e nanotecnologia; Sustentabilidade; Inteligência Artificial; Energia Solar; Mecatrônica; Sistemas para Internet; entre muitas outras áreas científicas e tecnológicas.”
Tudo isso faz do Instituto Federal de Birigui uma referência em tecnologia no interior do Estado de São Paulo. E já que o astrofísico mencionou o futuro das viagens galácticas, que tal aprofundarmos agora no estudo da astronomia! O IFSP de Birigui tem diversos estudos em andamento. Uma das pesquisas é sobre a formação estelar, em intensas análises e observações.
A foto abaixo é de um micrometeorito de vinte e quatro micrômetros. Do tamanho de um grão de areia mais ou menos. São pequenos fragmentos de meteoróides, ou meteoros como conhecemos. De acordo com o astrofísico, cerca de 70 toneladas desses fragmentos atingem a Terra todos os dias, e se esfarelam quanto chocam com a nossa atmosfera. O mais incrível é que essa poeira estelar está pronta pra ser pesquisada no campus Birigui.
Um micrômetro é a milésima parte do milímetro, ou seja, pegamos um milímetro na régua e dividimos em mil partes! Quase não dá pra ver a olho nu. Só é possível vermos essa imagem assim ampliada, devido aos modernos microscópios do Instituto.
O astrofísico e professor menciona ainda que, independentemente da área, toda tecnologia tem sua origem num desenvolvimento científico. Assim como toda inovação tem sua origem numa tecnologia. Segundo ele, o país que não investe em ciência Básica, a exemplo do Brasil, será sempre um exportador de commodities e importador de tecnologia.
“Se não investirmos em Ciência, vamos continuar exportando uma matéria prima a um dólar e importando a mesma matéria prima em forma de um produto tecnológico a mil dólares.”
Hoje os cursos mais procurados no IFSP são os técnicos integrados e Engenharia da Computação. Usando a tecnologia a favor dos futuros pesquisadores, o Instituto também conta com a modalidade de Ensino a Distância. São os técnicos em Administração e em Informática e o superior de Formação de Professores.
Além das grandes invenções, a ideia é preparar profissionais qualificados para driblar as dificuldades rotineiras de indústrias e setores ligados à tecnologia.
“Os alunos do Instituto Federal são formados com base no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Neste sentido os alunos realizam atividades extensionistas, aulas (teóricas e práticas), atividades de pesquisa e projetos de ensino. Somente os projetos de ensino PIBID (Projeto de Iniciação à docência) e Residência Pedagógica, já injetaram na economia de Birigui nos últimos anos, mais de um milhão de reais por meio de bolsas. Além disto, estes projetos causam um impacto altamente positivo na educação da cidade.”
Mas afinal, como imaginar a ciência e a tecnologia em 2050? Bom, já sabemos que muito possivelmente vamos ver carros andando por aí sem motorista, e agências de viagens comercializando férias espaciais. Mas até lá, precisamos de jovens cientistas! Motivados a desbravar todos os pequenos caminhos da ciência.
Texto: Pollyana Moda
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