Leia a edição de abril/22 da Revista E na íntegra
Consolidada como um espaço de discussão, experimentação e renovação das artes visuais, a MAJ – Mostra de Arte da Juventude chega a sua 30ª edição com 40 artistas e coletivos participantes entre 15 e 30 anos de idade. O evento, que é bienal desde 2017 e realizado no Sesc Ribeirão Preto, abre ao público, neste ano, no dia 12 de maio, reunindo obras que investigam a produção contemporânea de jovens artistas, suas diversas linguagens e possibilidades.
São pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, instalações, performances, fotografias, colagens, lambe-lambes, estamparias e trabalhos em audiovisual, entre outros suportes. “Queríamos que esses 40 nomes fossem os mais diversos possíveis, tanto em termos territoriais, quanto em termos de gênero, escolaridade, idade e também de suportes e linguagens artísticas”, explica uma das curadoras da mostra, a pesquisadora e educadora Luciara Ribeiro.
Nesta edição, a MAJ recebeu mais de 400 trabalhos das cinco regiões do país, das etnias branca, parda, preta, amarela e indígena, e dos gêneros feminino (a maioria, com 48%), masculino e não-binário. Também houve uma maior participação de artistas selecionados para além do eixo Rio-São Paulo, envolvendo nove estados (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Ceará e Pernambuco) e Distrito Federal.
A pandemia de Covid-19 se reflete nesta edição da MAJ tanto como gatilho na produção dos trabalhos quanto como tema e meio. O atual contexto sanitário impactou, ainda, a quantidade de inscritos, visto que “as informações e divulgações passaram a circular com muito mais rapidez dentro do mundo digital, o que nos possibilitou ampliar a participação”, observa a curadora Luciara Ribeiro.
Quanto à escolha de temas, muitas obras retratam o isolamento e o momento político. Além disso, as plataformas digitais incorporaram produções antes feitas estritamente fora da tela. Para o curador André Pitol, “houve um labor com os processos digitais, com as câmeras, com o celular e aplicativos, com o computador”. Dessa forma, ele complementa, “as casas viraram ateliês.” Outra temática presente nesta 30ª edição é a construção de identidades – gênero, raça e classe. “É um debate contemporâneo, com o qual a juventude está preocupada, discutindo, e isso aparece também [na mostra]”, diz Luciara, que acredita que as novas gerações são responsáveis por atualizar a criação artística. “Provavelmente essa será a produção futura das artes”. Alinhada às discussões realizadas pelo Sesc em seu programa que discute as juventudes, a mostra apresenta uma possibilidade de expressão de jovens que já são cidadãos com suas próprias perspectivas de olhar o mundo.
As 40 obras selecionadas estão dispostas em um espaço de 240 metros quadrados, uma sala dupla na unidade que foi reformulada especialmente para a exposição. “Há desde objetos singelos e quase imperceptíveis aos visitantes até trabalhos que tomam partido da presença do eu e do nós nas redes para propor reflexões e contrapartidas dessa faceta do contemporâneo”, detalha o curador André Pitol.
SERVIÇO
30ª Mostra de Arte da Juventude (MAJ)
Sesc Ribeirão Preto
Visitação: De 12/5 a 11/9/2022. Terça a sexta, das 13h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 18h.
Assista à entrevista com os curadores
A EDIÇÃO DE ABRIL/22 DA REVISTA E ESTÁ NO AR!
Nas páginas deste mês, você descobre maneiras de alcançar qualidade de vida e bem-estar a partir de iniciativas que defendem a desaceleração da sociedade do desempenho e o estímulo à reconexão humana e com o meio ambiente. Aproveite para conhecer o projeto Inspira – Ações para uma vida saudável, com ações em diversas unidades do Sesc São Paulo.
Além disso, a revista de abril traz outros destaques, como o projeto Quadro a Quadro, que ocupa as redes sociais do Sesc Pompeia com HQs inéditas; um apanhado visual das obras que compõem a 30ª edição da MAJ – Mostra de Arte da Juventude, do Sesc Ribeirão Preto; um passeio poético por fotografias de janelas da capital paulista; um depoimento da cantora Fernanda Takai sobre o disco recém-lançado, pandemia, fake news, processo criativo e maternidade; um perfil de Mário de Andrade (1893-1945), vanguardista paulistano que foi um dos protagonistas do movimento modernista; uma entrevista com a arquiteta e urbanista Raquel Rolnik sobre mobilidade e acesso à cidade; o relato de Eduardo Góes Neves, arqueólogo e historiador que conduz pesquisas na região amazônica e que, neste mês, estreia uma série no Sesc TV; e dois artigos que, no mês em que se celebra o Dia Mundial da Saúde, refletem sobre a questão social das drogas.
Para ler a versão digital da Revista E e ficar por dentro de outros conteúdos exclusivos, acesse a nossa página no Portal do Sesc ou baixe grátis o app Sesc SP no seu celular! (download disponível para aparelhos Android ou IOS).
Siga a Revista E nas redes sociais:
Instagram / Facebook / Youtube
A seguir, leia a edição de abril na íntegra. Se preferir, baixe o PDF para levar a Revista E contigo para onde você quiser!
Utilizamos cookies essenciais, de acordo com a nossa Política de Privacidade, para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.