ESPETÁCULOS CÊNICOS CRIADOS PARA ESPAÇOS NÃO CONVENCIONAIS FOMENTAM NOVAS NARRATIVAS E CONEXÕES COM O PÚBLICO
Leia a edição de setembro/22 da Revista E na íntegra
“Já começou?”, pergunta uma senhora de chapéu, ao meu lado, num apartamento nas redondezas da Avenida Paulista, em um sábado ensolarado de setembro, em 2015. Começo a me indagar se os anfitriões que nos receberam – tínhamos à mão os ingressos da peça Orgia ou De Como os Corpos Podem Substituir as Ideias –, seriam atores à paisana. Sim. Teria início, a partir dali, a montagem criada pelo Teatro Kunyn, costurada por memórias do dramaturgo argentino Tulio Carella (1912-1979), quando passou um período no Recife como professor da Universidade Federal de Pernambuco, nos anos 1960. Aos poucos, compreendemos que fazemos parte da cena, como voyeurs. Seguimos o personagem em suas ações, do apartamento até o Parque Trianon, imersos. É como se uma parede entre artistas e nós, público, fosse derrubada, e nesse momento, o palco estivesse por todos os lados.
Segundo o diretor e produtor austríaco Max Reinhardt (1873-1943), não existe uma forma de teatro que seja a única realmente artística. “Vocês podem fazer os bons atores representarem hoje num celeiro ou num teatro e amanhã num botequim”, defendeu.
As artes cênicas, portanto, não se restringem apenas ao tradicional palco italiano. Pelo contrário, transbordam para uma rua, para um hospital, para uma escola, para um apartamento. “Sobre o espaço teatral que extrapola as convenções da caixa cênica ao tomar espaços ordinários, não teatrais, em espaços cênicos, essa operação lança a linguagem teatral contemporânea num campo semântico que, longe de ser reducionista, expande as fronteiras da teatralidade e das relações entre atores e público”, afirmam os pesquisadores José Jackson Silva e Walter Lima Torres Neto, no artigo “Considerações sobre o conceito de site-specific no teatro brasileiro”, publicado na revista Urdimento, em agosto de 2020.
BORRAR FRONTEIRAS
Foi a partir da década de 1960 que grupos e artistas no Brasil se permitiram criações cada vez mais ousadas em espaços não convencionais. A exemplo do argentino Victor García (1934-1982), que encenou o texto Cemitério dos automóveis, de Fernando Arrabal, em 1968, num galpão onde funcionava uma oficina mecânica na cidade de São Paulo. Ou Zé Celso Martinez Corrêa, que dirigiu montagens do Teatro Oficina em fábricas, fazendas, rios e outros locais “alternativos” a partir dos anos 1970. De lá para cá, são inúmeros os trabalhos pensados para serem apresentados em espaços ditos não teatrais. Cada qual adaptado para o contexto social, econômico e cultural em que encenados.
No caso do grupo paulista Teatro da Vertigem, seu início, em 1992, foi marcado pelo espetáculo O Paraíso Perdido, na Igreja Santa Ifigênia, no centro da capital. O diretor artístico do grupo, Antônio Araújo, explica que, no caso do Vertigem, a escolha do espaço chega num momento posterior à criação do projeto. “Em O Livro de Jó (1995), a gente não sabia que seria num hospital, da mesma forma que em BR-3 (2006), não sabia que seria no rio Tietê. Para o Bom Retiro 958 Metros (2012), a gente ficou muito tempo fazendo improvisações na rua, visitando o bairro até chegar à conclusão de que não seria em um lugar, mas num trajeto. Acho que uma característica do grupo é deixar que o próprio projeto, a discussão e a problematização tragam a ideia do espaço que irá dialogar melhor com eles”, conta.
Entre prós e contras de encenar fora do tradicional palco, o diretor faz ponderações. “Muitas vezes, você precisa criar um aparato teatral para um lugar que não tem. Mesmo quando se usa um material local, a exemplo de O Livro de Jó, no qual Guilherme Bonfanti, iluminador do grupo, utilizou luminárias do hospital. Precisamos colocar essa luz numa mesa e dimerizá-la. Por outro lado, você ganha outras dimensões. Apocalipse 1,11 (2000) foi encenado no presídio onde houve o massacre do Carandiru. Esse lugar tem uma história, uma memória impregnada nas paredes e isso chega para o espetáculo”, ressalta o diretor, que também é professor no Departamento de Artes Cênicas e no Programa de Pós-Graduação (PPGAC) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
DE ONDE EU FALO
A apropriação de determinados espaços para a realização de uma narrativa cênica também está associada à história e aos elementos que compõem tal lugar. Não é mero acaso. O local escolhido também é personagem. Esse é o caso da peça Vila Parisi, do Coletivo 302, criado em 2014, e formado por sete artistas de Cubatão (SP). “Quando a obra está engajada em dialogar com o seu entorno, levando em consideração não somente suas características estéticas ou estruturais, mas trazendo detalhes que podem ser inseridos em diversas camadas da criação artística, é muito provável que tenhamos um encontro mais próximo entre aqueles que criam e aqueles que experienciam mutuamente”, conta o performer e iluminador do coletivo, Lípuri.
Nesse espetáculo, por exemplo, que faz parte da programação do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas [confira o boxe Mirar diversidades], “é possível escutar o barulho da indústria e sentir o cheiro dela, partindo para fruições mais sinestésicas, onde é possível sentir junto todos os vetores que atravessam a criação, onde nada ali pode ser apenas fruto da imaginação dramatúrgica”, destaca Lípuri. A partir dessa experiência, o Coletivo 302 também busca ressignificar a construção do imaginário sobre a cidade onde atua.
Como resultado, complementa o performer, “as paisagens urbanas escolhidas exercem muito mais que a função de uma cidade que compõe cenograficamente uma obra; elas despertam sentidos para além da tridimensionalidade”. Elas ainda evocam, segundo o artista, “a possibilidade de estabelecer uma experiência imersiva que, por conta própria, conta através de suas construções e formações geográficas aquilo que convencionalmente não pode ser acessado dentro de um espaço clássico para apresentação de um espetáculo teatral”.
Para a pesquisadora, curadora de festivais e crítica teatral Soraya Martins, ocupar espaços não convencionais pode quebrar paradigmas. “É a possibilidade de fissurar as fronteiras hierárquicas estabelecidas, que definem os espaços propícios para se realizar uma peça e que, muitas vezes, não recebem da mesma maneira a variedade e singularidade dos corpos que compõem nossa sociedade”, acredita. Pensar em palcos plurais, conclui a pesquisadora, “é pensar não somente o espaço em si como uma dramaturgia, mas também pensar os corpos e como esses corpos se relacionam e ocupam os espaços, isto é, uma possibilidade de estreitar a relação entre arte, pertencimento, acesso e subjetividades.”
TEATRO DE RUA
Até o final do século 19, as festas populares e religiosas foram os espetáculos de rua de maior importância nas cidades brasileiras, segundo artigo do pesquisador e doutor em teatro André Carreira, no livro História do Teatro Brasileiro, volume 2 – Do Modernismo às tendências contemporâneas (Edições Sesc São Paulo e Editora Perspectiva, 2013). Mas, é a partir da década de 1960 que o teatro de rua passa a se manifestar de maneira mais contundente no país. E um dos grupos de teatro de rua brasileiros mais longevos em atividade ininterrupta é o Grupo Imbuaça, do estado de Sergipe.
Fundado em 28 de agosto de 1977, e batizado com o nome do embolador e artista popular Mané Imbuaça, o grupo já produziu mais de 35 espetáculos, como Escreveu não leu, cordel comeu! (1989) e A farsa dos opostos (1992), abrigando em sua sede, na cidade de Aracaju, oficinas e ações socioeducativas. “Historicamente, as manifestações populares de rua sempre ocuparam os espaços públicos sem distinção, com os seus cortejos e suas apresentações em plano horizontal. A partir da década de 1980, o Brasil começou a receber grupos e companhias de teatro de rua, do exterior, o que influenciou a estética e as formas de ocupação do espaço público”, observa o ator e diretor Lindolfo Amaral, cofundador do Imbuaça.
Desde então, Lindolfo chama a atenção para a pluralidade de produções teatrais e mudanças ocorridas com o passar do tempo. “A composição de uma produção de teatro, independentemente do espaço que ocupa, tem modificado muito nas últimas décadas. Isso está relacionado a diferentes aspectos, dentre eles: as formas de produção, a proposta estética da montagem, a pesquisa de linguagem do grupo ou do diretor, o uso de tecnologias. O que se tem observado são diferentes formas de tratamento das narrativas, bem como as fronteiras ocupadas e o diálogo estabelecido com o público”, observa.
Dentre diferentes propostas cênicas, a performance, segundo o artista, tem ocupado o espaço não convencional de diferentes formas. “Ora com atuação expandida em contato direto com o público, às vezes sem estabelecer distinção entre ator e público. As narrativas também estão expandidas a ponto de alguns questionarem: ‘Isso é teatro?’ O conceito é dinâmico, assim como a sociedade em que vivemos”, defende Lindolfo. O diretor acredita, ainda, que “as formas de produção terminam por definir os caminhos que os trabalhos artísticos vão seguir e como o público vai se envolver na ação dramática”.
“É PENSAR NÃO SOMENTE O ESPAÇO EM SI COMO UMA DRAMATURGIA, MAS TAMBÉM PENSAR OS CORPOS E COMO ESSES CORPOS SE RELACIONAM E OCUPAM OS ESPAÇOS” (SORAYA MARTINS, PESQUISADORA E CRÍTICA TEATRAL)
AMPLIAR PÚBLICOS
Diante de mais possibilidade de fruição do teatro, multiplicam-se espectadores. Se não pelo hábito de assistir a montagens teatrais, pela curiosidade. “Eu diria que essa relação com o público começa antes do espetáculo. E ele precisa estar aberto a essa experiência. Algumas pessoas têm receio, enquanto outras, justamente por ser um espaço não convencional, ficam interessadas em ir. Por exemplo, o Hospital Umberto I – onde foi encenado O Livro de Jó (cuja estreia foi em 1995) – havia sido fechado há pouco tempo, mas ainda tinha cheiro de éter. Teve gente que se incomodou. Ou seja, esse lugar te atravessa e te afeta de alguma maneira”, acredita Antônio Araújo, que apresentará “pistas” do novo projeto do Teatro da Vertigem, Rodeio (título provisório), sobre o pensamento conservador atrelado ao universo rural e do agronegócio, no festival Mirada.
O diretor também destaca que nesse local “alternativo” desenha-se outra relação cena-público, uma vez que as ações podem acontecer ao lado, em frente ou atrás de quem assiste à peça. “Como espectador, eu tenho autonomia. Por exemplo, quando há uma cena em volta de uma cama, eu escolho de qual ângulo quero ver, qual ator ficará em primeiro plano. Então, o público pode escolher seu ponto de vista, de alguma maneira, e atuar a partir dele.”
Para Lindolfo Amaral, do Grupo Imbuaça, a ocupação de espaços alternativos com trabalhos que subvertem a relação unidimensional palco-plateia também interfere na sensibilização de novos públicos. “Recentemente, estava em um supermercado e uma funcionária comentou da sua experiência ao assistir à apresentação de O auto da barca do inferno, em 1997, na praça Fausto Cardoso, no centro de Aracaju. Ela confessou, com os olhos cheios de lágrimas, que foi a primeira vez que viu teatro, e a sensibilizou para o universo artístico e para a vida. Isso demonstra o quanto é importante a arte ocupar os espaços públicos, pois construímos pontes, e não muralhas”, compartilha.
(Por Maria Julia Lledó)
Mirar diversidades
SEXTA EDIÇÃO DO MIRADA – FESTIVAL IBERO-AMERICANO DE ARTES CÊNICAS APRESENTA TRABALHOS DE 13 PAÍSES E LEVANTA REFLEXÕES EM CRIAÇÕES DE DIVERSOS FORMATOS
Após um intervalo de quatro anos depois do último festival, período marcado pelo grande impacto social provocado pela pandemia da covid-19, o ano de 2022 marca a retomada da realização presencial do Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo. Em sua sexta edição, realizada entre os dias 9 e 18 de setembro, Portugal é o país convidado.
O festival e o bicentenário da Independência do Brasil são celebrados no mesmo mês, coincidência que representa um dado simbólico e abre um vasto campo de reflexões e críticas sobre os processos históricos e as relações entre os dois países a partir das obras artísticas e encontros com criadores e pensadores das mais diversas áreas. A programação portuguesa incluirá trabalhos de teatro, dança, performance e espetáculos infanto-juvenis. Produções de alguns dos coletivos e artistas mais destacados na cena teatral do país: Monica Calle, André Amálio (Hotel Europa), Joana Craveiro (Teatro do Vestido), Nuno Cardoso (Nacional 21), TEP – Teatro Experimental do Porto, Tiago Cadete, entre outros.
Segundo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc em São Paulo, “a cultura proporciona a oportunidade de reduzir fronteiras e fortalecer diálogos entre povos diversos”. E, complementa, “o Mirada surgiu em 2010 com o objetivo de apresentar experiências cênicas dos países da América Latina, Espanha e de Portugal, favorecendo diálogos entre criadores e público, a fim de propiciar trocas e reflexões sobre heranças comuns e identidades particulares”.
Para além de Portugal, também participam do Mirada grupos, coletivos e artistas de mais 12 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Espanha, México, Peru, Uruguai e Venezuela. Entre alguns destaques, estreia o espetáculo Erupção – o levante ainda não terminou, da coletivA ocupação, e Fronte[i]ra Fracas[s]o, uma coprodução latino-americana entre o Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (Brasil) e o Teatro de los Andes (Bolívia). Ao todo, estão previstos 36 espetáculos e 70 sessões em 14 locais na cidade de Santos e região. Também serão oferecidas, como em edições passadas, diversas atividades formativas, tais como rodas de conversa, intercâmbios, oficinas, performances, lançamentos de livros e outras variedades de encontros abertos. Saiba mais: mirada.sescsp.org.br.
Confira alguns destaques da programação.
MAR DE FITAS, NAU DE ILUSÃO (BRASIL)
Grupo Imbuaça (SE)
Com roteiro e direção de Iradilson Bispo, o espetáculo celebra os 45 anos do Grupo Imbuaça, homenageando a literatura de cordel, a cultura popular, mestres e mestras e artistas da região. (Dia 10/09, sábado, às 12h, na Praça Mauá; e 11/09, domingo, às 16h, no Emissário Submarino).
Foto: Arquivo Grupo Imbuaça
LA MUJER QUE SOY (ARGENTINA)
Teatro Bombón
A narrativa transcorre simultaneamente em dois espaços – cada um dá conta de uma perspectiva da história de Mercedes e Martha, que já foram casadas, moram em ambientes contíguos e lidam com uma série de mudanças. O espectador vai ter a oportunidade de ver os dois lados da história, visitando ambos os espaços. (Dias 12 e 13/09, segunda e terça-feira, às 15h e às 17h, em local a ser divulgado na compra do ingresso).
REMINISCÉNCIA (CHILE)
Compañia Le insolente Teatre
A partir de ferramentas de geolocalização, o diretor e ator Mauro Vaca Valenzuela mergulha em sua biografia e, ao mesmo tempo, na biografia da cidade de Santiago. Para isso, combina memória recente e cicatrizes mais profundas, uma pesquisa que resultou de um ensaio documental biográfico e político. (Dias 12 e 13/09, segunda e terça-feira, às 18h, no Centro Cultural Português).
FESTA DE INAUGURAÇÃO (BRASIL)
Teatro do Concreto (DF)
Quatro atores recolhem os cacos que sobraram do choque entre placas tectônicas, de inundações, de bibliotecas em chamas, de estátuas que perderam a cabeça, de corpos, palavras e desejos. Em xeque, a dificuldade de escolher entre aquilo que sobrou. (Dia 12/09, segunda-feira, às 21h; e dia 13/09, terça-feira, às 20h, na Casa da Frontaria Azulejada).
RODEIO (BRASIL)
Teatro da Vertigem (SP)
Neste trabalho em elaboração, o grupo de São Paulo se propõe a investigar o ambiente rural brasileiro, especialmente as regiões Sudeste e Centro-Oeste, estendendo-se para o estado de Rondônia, na região Norte. Depois da apresentação, haverá uma conversa com integrantes do grupo, mediada pelo programador cultural do Sesc Santos Amilton de Azevedo. (14/09, quarta-feira, às 15h, no Teatro Rosinha Mastrângelo).
VILA PARISI (BRASIL)
Coletivo 302 (SP)
Obra teatral performativa inspirada em pesquisas sobre a vida no bairro operário da cidade de Cubatão-SP, que se tornou mundialmente conhecida, entre os anos 1970 e 1980, como a mais poluída do mundo. A peça é costurada por eventos e depoimentos de antigos moradores. (Dia 16/09, sexta-feira, às 19h, na Praça do Cruzeiro Quinhentista, em Cubatão. Vagas limitadas. Para solicitar transporte do Sesc Santos ao local, inscreva-se em www.inscricoes.sescsp.org.br).
ANONIMATO (BRASIL)
Cia. Mungunzá (SP)
Em um cortejo de 100 metros em linha reta, com instalações, bonecos, perna de pau, figurino inflável e música, o grupo apresenta metáforas acerca do acontecimento cênico. Oito figuras anônimas, que representam o coletivo, são convocadas para um ato e, durante a caminhada, vão se transformando. (Dia 17/09, sábado, às 11h, na Fonte do Sapo; e às 16h, na Lagoa da Saudade).
Foto: Letícia Godoy
A EDIÇÃO DE SETEMBRO/22 DA REVISTA E ESTÁ NO AR!
Neste mês, a reportagem principal (Palcos por todos os lados – LEIA AQUI) conta como espaços não convencionais, como hospitais, barcos, apartamentos e estações de trem, viram protagonistas de espetáculos criados para serem encenados fora do teatro. Esses trabalhos subvertem a lógica da tradicional caixa cênica, fomentam novas narrativas e borram as fronteiras entre artistas e plateia. Conheça, ainda, os destaques da edição 2022 do Mirada – Festival Ibero-americano de Artes Cênicas, que acontece de 9 a 18 de setembro, em Santos (SP).
Além dessa reportagem, a Revista E de setembro/22 traz outros conteúdos: especialistas da área da saúde e do esporte defendem que a escolha da atividade física mais apropriada para cada pessoa pode ser definida com a ajuda do autoconhecimento; entrevista com a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz que propõe um novo olhar para o passado, incluindo outras narrativas e protagonistas na trajetória recente de nosso país; conheça a trajetória de Letieres Leite, maestro baiano cuja sonoridade ancestral ampliou as bases da música afro-brasileira; a jornalista e cofundadora da Agência Pública Natalia Viana é a convidada do Encontros desta edição e fala sobre os desafios do jornalismo investigativo; conheça projetos arquitetônicos que, com o objetivo de pautar a sociedade e a vida coletiva, refletem os desafios da cidade contemporânea; depoimento da atriz e roteirista Cláudia Abreu, que esteve em cartaz no Sesc 24 de Maio, em julho, com o monólogo Virginia, de sua autoria – sobre a obra da escritora britânica Virginia Woolf; artigos de Fernanda Kaingáng e André de Paiva Toledo refletem sobre conceito, história e questões jurídicas da biopirataria, que consiste na exploração ilegal da biodiversidade e dos saberes tradicionais associados a ela; na seção literária, texto do psicanalista e escritor Caio Garrido sobre os dilemas existenciais de um bebê nascido em maio de 2020; o Almanaque desta edição dá seis dicas de lugares em São Paulo para desconectar da cidade, olhar para dentro de si e relaxar.
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