Entre os dias 11 e 13 de março, o Sesc Ipiranga receberá oficina, bate-papo e espetáculos de dança, tendo o passinho como destaque. A programação inicia-se com oficina — com acessibilidade para surdos — e o espetáculo Se Piscar Já Era, na sexta-feira, dia 11. Depois, no sábado, teremos um bate-papo com os dançarinos e coreógrafos à tarde com o mesmo espetáculo à noite. O projeto encerra-se no domingo, dia 13, às 18h, com o espetáculo Ou 9 ou 80, com a Companhia de Dança Clarín.
Caracterizado por movimentos rápidos e coordenados dos pés, o passinho se popularizou devido ao seu potencial identitário com as comunidades urbanas periféricas ao mesmo tempo em que é capaz de incorporar, ao ritmo do funk carioca, diversas manifestações regionais como o frevo, o samba e a capoeira. O passinho, por sua versatilidade e capacidade de incluir regionalidades e se transformar, se espalhou rapidamente e assim como o funk, é a expressão manifesta da identidade jovem, urbana e periférica.
Confira a programação completa:
Com Rodrigo Vieira e integrantes do espetáculo Se Piscar Já Era, a oficina acessível a surdos e não surdos, apresentará fundamentos básicos do passinho, estilo de dança que surgiu no contexto do funk carioca e se espalhou por todo o país.
Dia 11/3, sexta, das 18h às 19h30
Grátis. (20 vagas) Inscrições até 9/3 em https://inscricoes.sescsp.org.br/
Se Piscar Já Era
Direção e coreografia: Rodrigo Vieira
O encontro entre o passinho e a surdez é uma junção de ouvintes e não ouvintes. Na batalha pelo beat, os que ouvem obedecem à música e ao ritmo e criam o movimento pelo que ouvem. Para quem dança sem ouvir, a percepção do som passa por outros sentidos. A proposta é desdobrar os entendimentos sobre a fruição musical entre ouvintes e surdos a um lugar partilhado.
Dias 11 e 12/3, sexta e sábado, às 21h
Passinho: pesquisa, expressão e identidade
Com integrantes dos espetáculos “Se Piscar Já Era” e “Ou 9 ou 80”. Mediação: Leo Castilho
Uma roda de conversa com os criadores e intérpretes dos espetáculos de passinho “Se Piscar Já Era” e “Ou 9 ou 80” onde irão compartilham reflexões sobre seus processos criativos e questões técnicas, identitárias e sociais.
Dia 12/3, sábado, às 15h. Grátis.
Com Clarin Cia. de Dança
A partir das 9 mortes em Paraisópolis em 2019 (SP), e dos 80 tiros disparados contra o carro de uma família em Guadalupe no mesmo ano (RJ), a Clarín estabelece uma conexão entre Rio-São Paulo levando ao palco dançarinos periféricos dessas duas cidades, onde a letra do funk conduz o desdobramento da história. O espetáculo busca ecoar a urbanidade no coração de cada um e celebrar — apesar de todas as dificuldades — a vida.
Dia 13/3, domingo, às 18h
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