Planeta faminto: o que você come em uma semana?

27/07/2017

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Exposição Planeta Faminto, no Sesc Florêncio de Abreu.

Assim, de sopetão, você consegue lembrar o que comeu na última semana, do café da manhã ao jantar? E se reuníssemos esses alimentos todos sobre a mesa de jantar? Você se surpreenderia? Que comidas estariam ali? Em que quantidade? E qual o custo disso?

O fotógrafo Peter Menzel e a jornalista Faith D’Aluisio viajaram o mundo registrando famílias das mais diversas composições e documentando seus hábitos alimentares. Dessa jornada surgiu um livro e a exposição Planeta Faminto – Retratos da Alimentação Familiar, em cartaz no Sesc Itaquera até 03 de dezembro.

As fotografias, tão contrastantes entre si, são uma amostra da discrepância entre costumes, culturas, condições sociais e formas de acesso ao alimento ao redor do planeta. De um lado, uma família francesa (mãe, pai, duas filhas e um gato) exibe sobre a mesa uma enorme variedade de comidas: de sushi a chocolate; de vegetais frescos à Nutella.

De outro, uma família de refugiados do Sudão exibe uma alimentação quase exclusivamente a partir de grãos. Ao compararmos os orçamentos, as diferenças são ainda mais gritantes: em uma semana, a primeira família desembolsou R$ 1486,62 em comida, enquanto a segunda teve um gasto de R$ 4,35.

Nas imagens, é possível ainda perceber mudanças recentes na alimentação, influenciadas por fatores como o capitalismo, a globalização e a ação das grandes indústrias alimentícias. Há padrões e marcas que se repetem em rótulos ao redor do mundo: uma amostra do avanço dos alimentos ultraprocessados que, pouco a pouco, substituem tradições alimentares locais em diversos países.

Numa residência da Carolina do Norte, por exemplo, vemos a mesa da família norte-americana tomada por produtos embalados: são fast foods, refrigerantes, salgadinhos e molhos prontos, sobrando pouco espaço para alimentos in natura como frutas e verduras:

Enquanto isso, numa pequena e remota vila no Butão, uma família se reúne em torno de cestas de verduras e legumes e cerais – a principal base da alimentação das 13 pessoas que compõem o núcleo, que ainda se mantém em grande parte alheio aos efeitos das indústrias:

Ao registrar e exibir lado a lado realidades distintas, o projeto Planeta Faminto propõe uma reflexão tanto sobre os fenômenos globais quanto sobre os hábitos locais, que moldam a forma como nos alimentamos. “Nossos projetos e livros são meios para ajudar as pessoas enxergarem o mundo em um contexto mais ampliado e prover-lhes os meios para comparação de si mesmos com os outros” – afirmam Peter e Faith.

Conheça mais sobre o projeto Planeta Faminto aqui. A exposição já passou pelo Sesc Santos, Sesc São José dos Campos e pelo Sesc Florêncio de Abreu antes de desembarcar na zona leste de São Paulo.

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Bom para acompanhar você quando estiver correndo, com saudade do Angeli e do Laerte dos anos 80 e outras cositas más. Chega mais!

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