Dentro da “selva de pedra” paulistana, ou próximo dela, há espaços abertos cercados de verde, pássaros e de um silêncio convidativo ao descanso. São pequenos ou grandes recantos onde é possível desligar-se da rotina corrida e do caos urbano, reconectar-se com a natureza e, por que não, até meditar. Para atingir esse estado de concentração, com foco no presente, não é preciso se fechar num quarto escuro: pelo contrário, pode ser ao ar livre [Leia mais na reportagem A vida em equilíbrio, publicada na Revista E nº 264, de julho de 2018]. E a chegada da primavera, a partir do dia 22 deste mês, é mais um convite à contemplação, à respiração consciente e às práticas de relaxamento. Pensando nisso, o Almanaque indica seis lugares na cidade de São Paulo, na região metropolitana e no litoral, com visitação gratuita, para você olhar para dentro de si e relaxar.
Templo Zu Lai – Cotia (SP)
Após dois anos fechado por conta da pandemia, o maior templo budista da América Latina, de origem chinesa, reabriu suas portas em maio, com limitação de 500 pessoas por dia. Localizado há quase duas décadas em uma área de 150 mil metros quadrados, o Zu Lai reúne um enorme pátio, salas de cerimônia e meditação, lago com peixes, jardins, exposições, esculturas, restaurante vegetariano e café, entre outros espaços. Praticantes de artes marciais, como kung fu e tai chi chuan, também utilizam o lugar para treinar. Na entrada, é obrigatório usar máscara, apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 e passar pela medição de temperatura. Saiba mais: templozulai.org.br ou (11) 3500-3600.
SERVIÇO
Endereço: Estrada Fernando Nobre, 1461 – Parque Rincão (acesso pelo km 28,5 da Rodovia Raposo Tavares), Cotia (SP).
Funcionamento: De sexta a domingo. Sextas, das 12h às 17h; sábados e domingos, das 9h30 às 17h. Não é necessário agendamento.
Praça das Corujas – Vila Madalena (Zona Oeste)
A Praça Dolores Ibárruri, mais conhecida como Praça das Corujas, foi inspirada num projeto ecológico implementado na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. Nela, os visitantes podem caminhar ou correr por entre árvores frutíferas (como amoreiras e abacateiros), andar de bicicleta, usar aparelhos de ginástica, brincar com as crianças no parquinho, passear com seus cachorros ou desfrutar de um piquenique. Envolto por passarinhos e espécies da Mata Atlântica, o espaço também inclui uma horta comunitária, mantida por moradores voluntários. A praça é cortada, ainda, por um córrego de água limpa que desemboca no Rio Pinheiros. Informações: facebook.com/PracadasCorujas e bit.ly/praca-corujas.
SERVIÇO
Endereço: Avenida das Corujas, 39 – Vila Madalena, São Paulo (SP).
Funcionamento: Ininterrupto.
Trilha do Silêncio – Parque Estadual Jaraguá (Zona Norte)
Das quatro opções de trilhas que o parque oferece, essa é a mais leve, com duração de até 30 minutos para um percurso linear de 400 metros. Ao longo do caminho autoguiado, é possível observar espécies nativas da fauna (macaco-prego, bicho-preguiça e tucano-do-bico-verde) e da flora (palmito-juçara, guapuruvu e ipê-amarelo), com árvores centenárias. O local tem capacidade para receber até 500 pessoas por dia e é uma das primeiras trilhas paulistas acessíveis a pessoas com deficiência (PCD). O agendamento só é exigido para quem quiser usar os quiosques com churrasqueiras, que são pagos. Mais detalhes: bit.ly/PEjaragua, pe.jaragua@fflorestal.sp.gov.br ou (11) 3945-4532.
SERVIÇO
Endereço: Rua Antônio Cardoso Nogueira, 539 – Vila Chica Luisa, São Paulo (SP).
Funcionamento: De terça a domingo, das 7h às 16h.
Jardim Suspenso – Centro Cultural São Paulo (Zona Sul)
Um respiro verde em torno do concreto dos prédios e das movimentadas Rua Vergueiro e Avenida 23 de Maio, o Jardim Suspenso do CCSP é um espaço onde é possível tomar sol, fazer piquenique, ouvir música, ler um livro, ficar em silêncio e refletir sobre a vida. Em eventos específicos, o local também abriga sessões de cinema, shows de bandas e opções gastronômicas. Os visitantes costumam sentar-se nos bancos disponíveis, em cadeiras de praia, sobre cangas ou direto no gramado. Desde 2013, há também uma horta comunitária, de cultivo agroecológico, aberta à visitação. Ela é cuidada coletivamente por voluntários que promovem mutirões eventuais aos finais de semana.
SERVIÇO
Endereço: Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso – São Paulo (SP). Acesso pela estação Vergueiro do metrô (Linha 1-Azul).
Funcionamento: De terça a domingo, das 11h às 18h.
Trilhas de Darwin – Sesc Interlagos (Zona Sul)
Parte da programação da mostra Darwin, O Original, que fica em cartaz até dezembro na unidade, essa trilha de 400 metros, situada entre o Bosque das Araucárias e o campo de futebol, convida toda a família a ouvir os sons da Mata Atlântica, observar borboletas e pássaros (como bem-te-vi, sabiá-laranjeira, joão-de-barro e corruíra) e conhecer de perto espécimes que o naturalista inglês, autor da teoria da evolução, viu com os próprios olhos em 1832, em sua passagem pelo país [Leia na reportagem Darwin no Brasil, publicada na Revista E nº 305, de março de 2022]. Ao longo do passeio autoguiado, há notas evolutivas sobre as aves, seus hábitats e hábitos alimentares, num projeto feito em parceria com o Avistar Brasil. Após o término da exposição, a trilha se manterá com o nome de Mirada das Aves. Conheça: www.sescsp.org.br/interlagos.
SERVIÇO
Endereço: Av. Manuel Alves Soares, 1.100 – Parque Colonial, São Paulo (SP).
Funcionamento: De quarta a domingo e feriados, das 9h às 17h.
Trilha do Sentir – Reserva Natural Sesc Bertioga (litoral norte)
Inaugurada em 2021, dentro de uma área de 60 hectares de floresta de alta restinga, onde vivem mais de 580 espécies de plantas e animais, a Trilha do Sentir é voltada a diversos perfis de público, como crianças, adultos e idosos, incluindo pessoas com deficiência física ou intelectual. No trajeto pelo arvoredo, que tem 950 metros e recebeu esse nome em votação aberta nas redes sociais, é possível vivenciar uma experiência imersiva e sensorial na rica biodiversidade da reserva. Com pisos e corrimãos em madeira, o local está sinalizado com placas interpretativas, possui recursos de acessibilidade (como textos em braile e alto contraste) e conta com a mediação de educadores ambientais. [Leia mais na reportagem Ampliar Sentidos, publicada na Revista E nº 309, de julho de 2022, e veja imagens na matéria Gráfica Para Contemplar e Cuidar, publicada na Revista E nº 298, de agosto de 2021]. Reservas e informações: www.sescsp.org.br/trilha-do-sentir.
SERVIÇO
Endereço: Av. Francisco Soto Barreiro Filho, 1.117 – Maitinga, Bertioga (SP).
Funcionamento: De quarta a domingo. Quartas, às 9h e 14h. Quinta a domingo, às 9h, 11h e 14h.
A EDIÇÃO DE SETEMBRO/22 DA REVISTA E ESTÁ NO AR!
Neste mês, a reportagem principal (Palcos por todos os lados – LEIA AQUI) conta como espaços não convencionais, como hospitais, barcos, apartamentos e estações de trem, viram protagonistas de espetáculos criados para serem encenados fora do teatro. Esses trabalhos subvertem a lógica da tradicional caixa cênica, fomentam novas narrativas e borram as fronteiras entre artistas e plateia. Conheça, ainda, os destaques da edição 2022 do Mirada – Festival Ibero-americano de Artes Cênicas, que acontece de 9 a 18 de setembro, em Santos (SP).
Além dessa reportagem, a Revista E de setembro/22 traz outros conteúdos: especialistas da área da saúde e do esporte defendem que a escolha da atividade física mais apropriada para cada pessoa pode ser definida com a ajuda do autoconhecimento; entrevista com a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz que propõe um novo olhar para o passado, incluindo outras narrativas e protagonistas na trajetória recente de nosso país; conheça a trajetória de Letieres Leite, maestro baiano cuja sonoridade ancestral ampliou as bases da música afro-brasileira; a jornalista e cofundadora da Agência Pública Natalia Viana é a convidada do Encontros desta edição e fala sobre os desafios do jornalismo investigativo; conheça projetos arquitetônicos que, com o objetivo de pautar a sociedade e a vida coletiva, refletem os desafios da cidade contemporânea; depoimento da atriz e roteirista Cláudia Abreu, que esteve em cartaz no Sesc 24 de Maio, em julho, com o monólogo Virginia, de sua autoria – sobre a obra da escritora britânica Virginia Woolf; artigos de Fernanda Kaingáng e André de Paiva Toledo refletem sobre conceito, história e questões jurídicas da biopirataria, que consiste na exploração ilegal da biodiversidade e dos saberes tradicionais associados a ela; na seção literária, texto do psicanalista e escritor Caio Garrido sobre os dilemas existenciais de um bebê nascido em maio de 2020; o Almanaque desta edição dá seis dicas de lugares em São Paulo para desconectar da cidade, olhar para dentro de si e relaxar.
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