Desde a pré-história até os tempos modernos, pinturas e esculturas deram destaque aos seios como síntese da feminilidade, expressão de maternidade e fertilidade, mas também de erotismo, compromissos cívicos e políticos. Ao longo do tempo, inspiraram lendas, narrativas religiosas e mitos a respeito das mulheres que romperam o padrão dominante em diversas épocas e sociedades. 

Na década de 60, os seios foram um dos símbolos desta liberdade e das reinvindicações por maiores direitos das mulheres sobre seu corpo, sua condição social e política. Ainda hoje, os seios são apresentados como símbolo da liberdade e luta contra a opressão em diversos movimentos sociais. 

No mês de outubro celebra-se a luta contra o câncer de mama em todo mundo. No Brasil, o Outubro Rosa acontece desde 2002, incentivando as mulheres ao cuidado e atenção com as mamas para possibilitar a identificação precoce de nódulos e assim aumentar as chances de boa evolução do tratamento, caso confirmado o diagnóstico.  

Não há uma causa única para o câncer de mama. Muitos fatores podem estar associados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento (quanto mais idade, maior o risco de ter a doença), fatores relacionados à vida reprodutiva (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, sedentarismo e exposição à radiação ionizante (de alta intensidade). 

O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres no mundo. Por isso, é importante estar atenta ao seu corpo e informada sobre seus direitos. 

O sistema de saúde deve garantir às mulheres:

– Informação atualizada e de fácil compreensão sobre o câncer de mama  
– Acesso a mamografia de qualidade  
– Início do tratamento em até 60 dias após o diagnóstico  

As mulheres devem saber: 

– O controle do peso e da ingestão de álcool, a amamentação e a prática de atividades físicas diminuim o risco de cancer de mama.  
– Entre os 50 e 69 anos de idade, a mamografia é recomendada a cada 2 anos.  
– Em caso de alterações suspeitas da mama é necessário procurar avaliação médica rapidamente 

A mulher e o câncer de mama no Brasil

Estes dados fazem parte da exposição “A mulher e o câncer de mama no Brasil”, elaborada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em parceria com Fundação Oswaldo Cruz, que apresenta informações sobre a doença, prevenção e tratamento, curiosidades históricas, questões socioculturais, os seios como fonte de vida e sua representação na arte. Confira aqui: